O grande potencial do Brasil na exportação de frutas, dado que o país é o terceiro maior produtor desse insumo no mundo, ainda é tomado pela timidez. Porém, apesar de não receber o devido destaque, esse setor tem mostrado cada vez mais relevância tendo em vista seus bons resultados, mesmo em meio a pandemia da COVID-19.
De janeiro a outubro de 2020 o Brasil exportou aproximadamente 726 mil toneladas de frutas, gerando US$ 577 milhões em receita, segundo dados do Comexstat/MDIC. A tendência de crescimento não parou em 2020. Seguido a ela, houve um aumento de 7% nas exportações de frutas no primeiro trimestre de 2021, segundo a ABRAFRUTAS.
A qualidade das frutas chama a atenção principalmente dos países europeus, que compõem os primeiros lugares dos países que mais importam. Já a facilidade do cultivo atrai àqueles produtores que veem ali uma oportunidade para promover a exportação de frutas.
O Brasil possui um grande potencial agrícola, dado sua terra, clima e tecnologias que permitem a produção em todas as partes do país. A exportação de frutas no país tem gerado bons resultados, que tendem a crescer, sendo uma grande oportunidade de negócio no mercado internacional.
Entraves na exportação de frutas
As frutas brasileiras estão abrindo cada vez mais caminhos e conquistando o mercado internacional. Todavia esse crescimento ainda tem sido lento visto a capacidade e o volume de produção de frutas em solo nacional.
Apesar de ser o terceiro maior produtor de frutas do mundo, ficando atrás da China e Índia, no que se refere a exportação, o país ocupa a 23ª posição. Mesmo com os 5 milhões de hectares cultivados, apenas 3% do que é produzido é exportado.
Embora o crescimento seja lento e em meio a incertezas, os bons resultados registrados recentemente se mostram favoráveis à expansão. A qualidade e o sabor do produto já estão garantidos, sendo este fato visível pela atração gerada nos compradores. O que falta efetivamente para desenvolver a atividade é consolidar os consumidores, superar barreiras tarifárias e não tarifárias, estudar a logística e promover as frutas no mercado.
No que tange a logística, o Brasil vive grandes entraves. Há dificuldades nos mais diversos modais para o armazenamento e transporte desta carga. Por se tratar de um produto a ser consumido fresco, atrasos e má conservação podem prejudicar a qualidade e a durabilidade das frutas, levando a custos extras. A maior agilidade operacional, o aumento da frota e melhores condições para a conservação em portos e aeroportos seria essencial neste sentido.
O alto padrão exigido pelos países europeus, maiores importadores de frutas brasileiras, exige dos produtores e órgãos brasileiros um cuidado maior na internacionalização. A exigência de certificados, protocolos e análises fitossanitárias são apenas algumas das pedras no caminho. A preocupação com a segurança alimentar e o meio ambiente vinda do exterior demanda a adaptação da fruticultura brasileira, que deve investir na melhoria da infraestrutura para atender as exigências.
Outro obstáculo são as altas tarifas exigidas na exportação. Estabelecer relações e negociar acordos com os países importadores deve ser uma prioridade para o governo brasileiro. Expandir o mercado, conquistar novos consumidores e ir para além da União Europeia também é crucial. O foco no bloco pode ser prejudicial, visto que as medidas tomadas atingem a todos os membros, não dando opções para o escoamento da produção.
A abertura de novos mercados e a consolidação de novos consumidores minimiza os riscos de dependência frente à União Europeia. Contudo, para isso, também é necessário a divulgação e promoção do agronegócio frutícola brasileiro para o mundo. Maiores investimentos em marketing, estratégias comerciais, participação em feiras e rodadas de negócio nacionais e internacionais se tornam cada vez mais necessárias para conquistar potenciais mercados.
Os principais países importadores
Como dito anteriormente, a maior parte da produção de frutas que é exportada para o Brasil tem como destino países europeus. Em primeiro lugar em 2019 tivemos os Países Baixos, que importaram cerca de 32% das frutas brasileiras. Seguido a ele, aparece o Reino Unido com 5% das exportações frutícolas no mesmo ano.
Todavia, nem todos os países que aparecem como principais importadores estão localizados na Europa. Países como os Estados Unidos, Canadá e Argentina também ocupam os primeiros lugares dos maiores importadores de frutas brasileiras.
A China, apesar de não estar ranqueada nos dez primeiros países, é uma grande oportunidade para os próximos anos. Para além da entrada no próprio país, a China possibilita uma abertura ao mercado asiático.
O Oriente Médio também se abriu às frutas brasileiras, sendo responsáveis pela importação de cerca de 15 mil toneladas de frutas em 2019. Os Emirados Árabes lideram o grupo de países, seguido pela Árabia Saudita. Apesar da exigência de certificação halal, que assegura aos muçulmanos o seguimento das orientações da lei islâmica, a expansão é possível e já está ocorrendo.
Frutas mais exportadas pelo Brasil
Você saberia dizer quais são as frutas mais exportadas pelo Brasil? Não, não são bananas e maçãs, de fato, estas são as frutas menos competitivas. Na verdade, a fruta mais exportada e de maior retorno econômico em 2019, somando US$221,8 milhões, foi a manga, segundo o jornal Nexo. Seguido a ela, temos melão, caju, uva e limão.
Apesar da uva aparecer neste ranking, esta fruta, junto com a maçã e a banana, enfrenta uma alta concorrência. Os maiores exportadores de frutas do mundo, Estados Unidos, Equador, China, Chile e Espanha, são também os maiores comercializadores destas frutas.
Além disso, cabe dizer que o Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja. O país representa 81,5% do comércio mundial de suco de laranja, com cerca de um milhão de toneladas anuais, segundo dados do portal do agronegócio.
O recente crescimento na exportação de frutas e as projeções para o futuro
A tendência de melhora nas exportações de frutas pode ser notada quando falamos do crescimento da atividade entre 2010 e 2019. De lá para cá, tivemos uma expansão de 5,2% nas exportações. Somente em 2019, o Brasil exportou 997 mil toneladas de frutas, superando qualquer outra marca.
Os avanços tecnológicos e a consolidação das vendas para a União Europeia e Estados Unidos geram ainda mais expectativas para o setor. O pretendido crescimento e abertura de novos mercados importadores está motivando novos investimentos na área. Esse salto de vendas no mercado frutícola internacional exige a utilização de diversos mecanismos e estratégias. Apesar de demandar esforços setoriais e governamentais, tudo isso é viável e possível. O ponto crucial, como sempre, é ampliar o conhecimento, a fim de combater os entraves e mitigar os erros.
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