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Contrato de câmbio: tudo o que você precisa saber

  • Foto de Suellen Martins Escrito por Suellen Martins
Tempo de Leitura 10 Minutos
  • Postado: 16 de abr de 2020
Atualizado: 11 de mar de 2025

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Se você já precisou pagar um fornecedor internacional, sabe que a etapa do fechamento de câmbio pode ser um verdadeiro desafio. Escolher o momento certo para fechar a operação, entender as taxas cobradas e lidar com a burocracia das instituições financeiras são partes do dia a dia do importador. Mas o que nem todo mundo percebe é que o contrato de câmbio pode ser um grande aliado nesse processo.

Para muitos pequenos e médios importadores, essa ainda é uma etapa cheia de dúvidas. Como funciona o contrato de câmbio na prática? Quando ele deve ser fechado? Quais custos e prazos estão envolvidos?

Neste artigo, vamos te mostrar como utilizar o contrato de câmbio da forma mais estratégica possível, garantindo um processo de importação mais seguro, previsível e sem complicações.

O que é um contrato de câmbio? 

Toda transação internacional – importação ou exportação – deve ser intermediada por um contrato de câmbio. Trata-se de uma formalização das operações de compra e venda de moedas estrangeiras. O documento possui informações importantes, como os nomes do comprador e do vendedor, a taxa contratada e o valor equivalente em Real. 

O contrato de câmbio é uma forma de certificar-se da confiabilidade da operação, uma vez que deve atender às exigências do Banco Central (Bacen). É válido salientar que, para isso, é preciso fazer o registro das operações cambiais no Sistema Integrado de Registro de Operações de Câmbio. Caso esses procedimentos não sejam seguidos, os envolvidos poderão ser multados e o acordo ficará suspenso até que seja regularizado. 

Como funciona um contrato de câmbio?

O contrato de câmbio é um documento que formaliza, regula e garante a legalidade das operações de pagamento em moeda estrangeira. Por isso, contém informações importantes, como a taxa de câmbio aplicada, os dados da instituição financeira intermediária e a documentação dos responsáveis pela transação.

As regras são definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e supervisionadas pelo Bacen, que autoriza apenas corretoras e instituições financeiras credenciadas a intermediar essas operações. Qualquer alteração ou cancelamento deve ser feito diretamente com a instituição responsável, seguindo as diretrizes do Banco Central.

A contratação pode ser realizada por corretoras de câmbio, bancos comerciais e de investimento, entre outros. Para isso, a empresa solicitante deve apresentar documentos como balanço empresarial, faturamento dos últimos 12 meses e demonstrativos financeiros, a fim de garantir a segurança da operação e a conformidade com a legislação.

Tipos de contrato de câmbio

Toda troca cambial necessita de um contrato de fechamento. Atualmente, existem 10 tipos que são fornecidos pelo Bacen. São estes:

  • para exportações produtos ou serviços;
  • para importações, com pagamento antecipado à vista ou com prazo de quitação até um ano;
  • para transferências de valores feitas para outros países;
  • para envio de dinheiro para outro país com prazo de importação de até um ano;
  • para operações cambiais de compra, feitas por agentes autorizados no Brasil ou no exterior;
  • para operações cambiais de venda feitas por agentes autorizados no Brasil ou no exterior;
  • para alteração de contrato de câmbio de compra das situações dos tipos 1, 3 e 5;
  • para alteração contratual de câmbio de venda das circunstâncias dos tipos 2, 4 e 6;
  • para anulação de contratos dos tipos 1, 3 e 5 de câmbio para compra, válido também para encerrar a operação; 
  •  para anulação contratual dos tipos 2, 4 e 6 de câmbio de venda, que também pode ser usado para cancelar total ou parcialmente, além de dar baixa na transação. 

Quem pode fazer operações de câmbio no Brasil?

No Brasil, as operações de câmbio são regulamentadas pelo Bacen e só podem ser realizadas por instituições devidamente autorizadas. Vamos explicar quem são esses agentes e como eles atuam no mercado.

1. Bancos comerciais

Os bancos são os agentes mais conhecidos quando o assunto é câmbio. Eles estão autorizados a oferecer serviços como compra e venda de moeda estrangeira, transferências internacionais e operações relacionadas ao comércio exterior. 

2. Corretoras de câmbio

Especializadas no mercado de câmbio, as corretoras são uma opção ágil e eficiente para quem precisa realizar operações como compra e venda de moeda estrangeira, remessas internacionais ou transações para turismo. Elas são regulamentadas pelo Bacen e costumam oferecer taxas competitivas.

3. Casas de câmbio

Quem já planejou uma viagem internacional provavelmente se deparou com a opção de comprar moeda estrangeira diretamente em uma casa de câmbio. Essas empresas podem vender dólares, euros ou outras moedas para fins de viagem, desde que estejam registradas no Bacen e respeitem os limites estabelecidos pela regulamentação.

4. Outras instituições financeiras

Cooperativas de crédito, sociedades de crédito e outras entidades autorizadas pelo Bacen também podem realizar operações de câmbio. No entanto, sua atuação costuma ser mais restrita em comparação com bancos e corretoras.

6. Operadores de cartões de crédito e débito

Embora não realizem operações de câmbio diretamente, as empresas que emitem cartões internacionais fazem a conversão de transações em moeda estrangeira para reais. Por exemplo, quando você usa seu cartão no exterior, a operação de câmbio é feita automaticamente pela administradora do cartão.

É válido destacar que empresas e pessoas físicas podem realizar operações cambiais, desde que cumpram os requisitos legais e apresentem a documentação exigida. No caso das empresas, é necessário comprovar a finalidade da operação e fornecer documentos como contrato social, balanço patrimonial e faturamento recente. Para pessoas físicas, a exigência varia conforme o tipo de operação, mas geralmente inclui documentos de identificação e comprovantes da transação.

Quais operações não necessitam do contrato de câmbio?

Existem casos em que não é necessária a realização deste acordo. Para toda regra, há exceções. As transações abaixo de USD 10K, por exemplo, não precisam de um contrato. As equivalentes em outras moedas também são isentas pelo Banco Central dos tratados listados anteriormente. 

As regras são estipuladas para que haja o controle das transferências macroeconômicas entre as moedas no mercado. Contudo, para que se impossibilite fraudes, o Bacen tem direito de suspender e multar transações incoerentes. O setor de câmbio é controlado por meio da atuação do Banco Central, com sua atuação de venda e compra de moedas, para equilibrar o mercado, evitando grandes variações nas taxas cambiais. 

Como funciona a formalização do contrato de câmbio? 

A formalização do contrato de câmbio no Brasil envolve uma série de procedimentos para garantir a legalidade, transparência e segurança das operações. Veja como funciona esse processo:

  1. Identificação do cliente

A instituição financeira exige a apresentação de documentos para identificar o cliente. Para pessoas físicas, são solicitados CPF, RG (ou outro documento de identificação) e comprovante de residência. Para pessoas jurídicas, é necessário apresentar o CNPJ, contrato social e documentos dos representantes legais.

  1. Definição da finalidade da operação

Toda operação de câmbio deve ter uma finalidade específica, como:

  • Turismo (compra de moeda estrangeira para viagens);
  • Transferências internacionais (envio ou recebimento de recursos);
  • Comércio exterior (importação ou exportação de bens e serviços);
  • Investimentos no exterior;
  • Pagamento de estudos ou tratamentos médicos no exterior.
  1. O cliente deve informar a finalidade da operação, e a instituição pode solicitar documentos comprobatórios, como passagem aérea, contrato de estudo ou nota fiscal de importação.
  1. Elaboração do contrato

O contrato de câmbio é elaborado pela instituição financeira e deve conter informações como:

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  • Dados das partes envolvidas (cliente e instituição);
  • Valor da operação em reais e na moeda estrangeira;
  • Taxa de câmbio aplicada;
  • Finalidade da operação;
  • Data de liquidação (quando a operação será efetivada);
  • Custos e taxas envolvidos.
  1. Assinatura do contrato

O contrato deve ser assinado pelo cliente e pela instituição financeira. Em alguns casos, a assinatura pode ser feita digitalmente, desde que esteja de acordo com as normas do Bacen.

  1. Registro no SISBACEN

Após a formalização, a instituição financeira é obrigada a registrar a operação no Sistema de Informações do Banco Central (SISBACEN). Esse registro é fundamental para o controle e monitoramento das operações de câmbio no país.

  1. Liquidação da operação

A liquidação é o momento em que a operação é efetivada. Por exemplo, no caso de uma compra de dólares, o cliente recebe a moeda estrangeira, e o valor em reais é debitado de sua conta. Em transferências internacionais, os recursos são enviados para o exterior conforme acordado.

Impacto da taxa de câmbio nas operações de importação

A taxa de câmbio é o preço de uma moeda estrangeira (como o dólar ou o euro) em relação ao real. Esse valor é determinado pelo mercado, mas pode ser influenciado por políticas monetárias, condições econômicas globais e oferta e demanda de moeda estrangeira. 

Quando o real se desvaloriza, ou seja, quando é necessário mais reais para comprar uma unidade de moeda estrangeira, os custos de importação tendem a aumentar. Por outro lado, quando o real se valoriza, os custos de importação podem diminuir.

  1. Aumento dos custos de importação

Quando a taxa de câmbio sobe (desvalorização do real), os produtos importados ficam mais caros. Isso acontece porque as empresas precisam gastar mais reais para comprar a mesma quantidade de moeda estrangeira necessária para pagar os fornecedores no exterior. Como resultado, os preços dos produtos importados podem aumentar no mercado interno, afetando a competitividade das empresas que dependem de insumos ou bens estrangeiros.

  1. Redução da margem de lucro

Para empresas que não conseguem repassar integralmente o aumento dos custos aos consumidores, a desvalorização do real pode reduzir as margens de lucro. Esse ponto é especialmente crítico para setores que dependem fortemente de insumos importados, como eletrônicos, máquinas e equipamentos industriais.

  1. Impacto na cadeia de suprimentos

Muitas empresas dependem de componentes ou matérias-primas importadas para produzir seus bens. Um aumento na taxa de câmbio pode encarecer toda a cadeia de suprimentos, afetando a produção e a competitividade no mercado interno e externo.

  1. Incentivo à substituição de importações

Por outro lado, uma taxa de câmbio elevada pode incentivar a substituição de produtos importados por alternativas nacionais. Assim, a indústria local pode se beneficiar, pois estimula-se a produção interna e reduz-se a dependência de insumos estrangeiros.

  1. Volatilidade e planejamento

A flutuação da taxa de câmbio pode dificultar o planejamento financeiro das empresas importadoras. A incerteza em relação ao valor futuro da moeda estrangeira torna mais complexa a gestão de custos e a definição de preços dos produtos.

A taxa de câmbio é um fator crucial para as operações de importação, influenciando em custos, preços e estratégias das empresas. Em um cenário de alta volatilidade, como o que muitas vezes observamos no Brasil, é recomendado que as empresas adotem medidas para mitigar os riscos cambiais e mantenham sua competitividade no mercado.

Posso cancelar um contrato de câmbio?

Sim, um contrato de câmbio pode ser cancelado, mas existem regras específicas para isso. O cancelamento deve ser solicitado diretamente à instituição financeira ou corretora que intermediou a operação e deve seguir as normas estabelecidas pelo Bacen.

O processo de cancelamento pode envolver custos adicionais, como taxas administrativas e possíveis ajustes financeiros caso a taxa de câmbio tenha variado desde o fechamento da operação. Em alguns casos, a instituição financeira pode exigir justificativas e documentação que comprovem a necessidade do cancelamento.

Quando um contrato de câmbio pode ser cancelado?

  1. Antes da liquidação
    Se o contrato ainda não foi liquidado, isto é, se a operação de câmbio não foi efetivada, é possível solicitar o cancelamento. Nesse caso, a instituição financeira pode cancelar a operação, desde que ambas as partes (cliente e instituição) concordem.
  1. Após a liquidação
    Após a liquidação, o cancelamento é mais complexo e, em muitos casos, não é permitido, pois a operação já foi registrada no SISBACEN. Além disso, o Bacen exige que as operações de câmbio sejam irreversíveis após a liquidação, exceto em situações específicas, como erro operacional ou fraude.

Condições para o cancelamento

O cancelamento de um contrato de câmbio está sujeito às seguintes condições:

  1. Acordo entre as partes

Tanto o cliente quanto a instituição financeira devem concordar com o cancelamento. Se uma das partes não concordar, o cancelamento não pode ser realizado.

  1. Justificativa válida

O cancelamento geralmente só é permitido em casos específicos, como:

  • Erro na operação (por exemplo, valor ou taxa de câmbio incorretos);
  • Fraude ou irregularidade na operação;
  • Não cumprimento das condições contratuais por uma das partes.

Registro no SISBACEN
Se a operação já foi registrada no SISBACEN, a instituição financeira deve informar o cancelamento ao Bacen e justificar o motivo. Isso é necessário para manter a transparência e o controle das operações de câmbio.

Como solicitar o cancelamento

  1. Contato com a instituição financeira

O cliente deve entrar em contato com a instituição que intermediou a operação de câmbio (banco, corretora ou distribuidora) e solicitar o cancelamento, apresentando os motivos e a documentação necessária.

  1. Análise da instituição

A instituição financeira analisará a solicitação e verificará se o cancelamento é possível com base nas normas do Bacen e nas condições do contrato.

  1. Reversão dos valores

Se o cancelamento for aprovado, a instituição reverterá os valores envolvidos na operação. Por exemplo, se o cliente comprou dólares, ele devolverá a moeda estrangeira e receberá o valor em reais de volta.

Limitações e restrições

  • Operações já liquidadas: Após a liquidação, o cancelamento só é permitido em casos excepcionais, como erro operacional ou fraude.
  • Taxas e custos: Dependendo do contrato, o cancelamento pode envolver taxas ou custos adicionais.
  • Prazo: O cancelamento deve ser solicitado o mais rápido possível, especialmente antes da liquidação da operação.

Conclusão

O contrato de câmbio é fundamental para garantir segurança e previsibilidade nas operações de importação. Além de ser um requisito obrigatório para transações em moeda estrangeira, esse documento protege o importador contra irregularidades, assegura o cumprimento das normas do Banco Central e permite um melhor planejamento financeiro, evitando surpresas na hora do pagamento ao fornecedor.

Para pequenos e médios importadores, compreender o funcionamento desse contrato ajuda a evitar custos desnecessários e garantir operações mais eficientes. Escolher a instituição certa, avaliar as condições do câmbio e entender as possibilidades de cancelamento ou alteração são passos que fazem a diferença no sucesso da operação.

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Thay
2 anos atrás

Muito bom!

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