Embora pareça uma ação fácil, muitas dificuldades são encontradas por alguns empreendedores na hora de calcular o preço de venda de seus produtos: incidência de impostos, custos de produção, fretes, seguros e uma série de outros fatores interferem diretamente no preço final de um item de venda. Por esse motivo, muitas dúvidas acabam surgindo na hora de estabelecer um preço que seja justo e que ainda seja competitivo em relação à concorrência.
O processo de decisão sobre qual método escolher deve vir agregado a uma prática de formulação e análise de preço confiável, que leve em consideração todos os custos e despesas envolvidas e que seja competitiva e lucrativa. Muito além do retorno que a empresa terá, uma precificação correta proporciona perenidade ao negócio e crescimento.
Confira, a seguir, algumas dicas que podem facilitar todo o processo para calcular seu preço de venda.
Saiba como calcular o preço de venda
1. Faça o levantamento dos custos e despesas
A primeira etapa para calcular o preço de venda é identificar e levantar os custos e as despesas. Vale destacar aqui que custos são valores gastos diretamente na aquisição, elaboração do produto ou mesmo realização de um serviço. E as despesas são aqueles gastos que incidem na comercialização dos produtos e serviços e que fazem parte da rotina administrativa.
Outro ponto a ser visto na etapa de levantamento dos custos no momento da precificação é a separação dos custos fixos e variáveis. Normalmente, os gastos fixos são aqueles que não variam com a produção e você os tem todos os meses, como aluguel, salários de funcionários, luz, água, e tantos outros. Por eles independerem das vendas, devem representar um percentual no preço praticado.
Em relação aos custos variáveis, aqueles que variam conforme as vendas ou a produção e por isso mudam todos os meses, como gastos com embalagens, matéria-prima, cartão de crédito, entre outros, a melhor forma de controlá-los é definindo o percentual que eles representam em relação às vendas, uma vez que estes valores são todos proporcionais à comercialização.
De forma geral, toda empresa tem custos e despesas que incidem no preço final dos produtos. Diante disso, dentro do preço de venda devem estar incluídas uma parcela para cobrir os custos fixos e variáveis e as despesas incidentes. Além disso, ainda deve sobrar uma quantia de lucro.
2. Tributos incidentes
Toda empresa está enquadrada dentro de um Regime de Tributação, que pode ser o Simples Nacional, o Lucro Real e o Lucro Presumido. Em cada uma destas opções a alíquota dos impostos e contribuições será diferente e, diretamente, afetará o preço de cada produto.
Em algumas opções você ainda poderá contar com o crédito tributário, como é o caso do Lucro Presumido, podendo retirar o valor do ICMS, 18%. Já no caso do Lucro Real, o desconto de crédito tributário pode contar com a Cofins (7,6%), O PIS (1,65%) e o ICMS, que assume o mesmo percentual anterior.
3. Preço de mercado
Levantado os custos e despesas e o valor dos tributos que possam vir a incidir sobre a mercadoria, é hora de realizar uma avaliação do mercado. Nesta etapa você saberá se o preço que está sendo praticado está acima ou abaixo dos seus concorrentes.
No caso de o valor estar acima da concorrência, você pode subir o preço de venda adotando o mesmo ou estabelecendo algo próximo deste valor. Caso você queira manter o seu preço estabelecido, com todos os custos, despesas e tributos, mesmo abaixo do mercado, poderá se destacar e ter um preço mais competitivo.
Mas se o preço adotado pela concorrência for menor que o estabelecido pela sua empresa, talvez seja preciso recalcular o preço do produto e estimar margens de lucro menores – caso queira manter seu preço competitivo e menor ou semelhante ao do seu concorrente.
Caso ainda assim você queira manter seu preço de venda original, mesmo acima do mercado, utilize outros recursos acessórios, como atendimento personalizado, entregas gratuitas e marca – este é um bom argumento que pode garantir as vendas e sustentar o peço praticado.
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