Para se destacar no mercado nacional e se tornar competitivo, muitas vezes é necessário contar com atividades externas. Uma delas é a importação de produtos.
Em um mundo globalizado tomado pela tecnologia e com número de concorrentes crescendo cada dia mais, a importação de mercadorias pode se tornar um diferencial para o seu negócio.
Isso porque fornecedores internacionais costumam oferecer preços mais atrativos sem deixar a qualidade dos produtos de lado. Dessa forma, a importação pode ser tornar o trunfo do seu empreendimento.
No entanto, existem muitas dúvidas que pairam neste processo e a principal pergunta é: como fazer a minha primeira importação? Se você assim como muitas pessoas também têm esse questionamento, então está no lugar certo.
No post de hoje, vamos mostrar as principais dicas para realizar a primeira importação sem dor de cabeça e dentro da legalidade. Se interessou? Então acompanhe até o final.
Quem pode importar?
No Brasil, tanto pessoas físicas quanto jurídicas têm autorização para importar produtos. Porém existem alguns detalhes importantes que diferenciam esse processo.
A diferença é simples, só é permitida a importação informal, ou seja, a importação para uso próprio, de produtos em pequena escala e que não tenham como objetivo a revenda. O limite de importações para pessoa física é de até US$ 3.000,00 dólares por operação.
Já para pessoas jurídicas as importações podem ter fins empresariais, seja para distribuição, consumo ou revenda. No entanto, é necessário seguir alguns trâmites legais para esse processo. Abaixo separamos algumas dicas importantes.
Cadastro na Receita Federal
Antes de importar qualquer item para o Brasil como pessoa jurídica, é necessário realizar um cadastro junto à Receita Federal, onde serão solicitadas as documentações da empresa e uma prova de que o negócio tem condições de dar andamento nas ações.
Essa habilitação para importações, é chamada de RADAR Siscomex, que significa Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros. Realizada no próprio site da Receita Federal
Esse documento, na verdade, se trata de um cadastro no sistema que pode ser definido como um ambiente de rastreamento e registro das atuações dos intervenientes no processo aduaneiro.
A inclusão neste sistema tornou-se um controle prévio para evitar que empresas utilizem os negócios de importação ou exportação como forma de fraudar o fisco, praticando contrabando.
O processo de habilitação é gratuito e uma vez que o negócio seja aprovado estará habilitado a operar no SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior -, sistema que registra todas as atividades de comércio exterior das empresas brasileiras.
Pesquisa por fornecedores
Com o cadastro na Receita Federal já realizado, agora é o momento de encontrar fornecedores confiáveis para comprar suas mercadorias.
O primeiro passo é listar tudo o que você precisa comprar, isso pode parecer óbvio, mas muitas empresas não seguem esse padrão de organização.
Essa prospecção inicial pode ser feita de algumas maneiras, algumas delas são: pesquisas na internet, indicações, visitas em feiras internacionais realizadas no Brasil e a última, caso tenha a oportunidade, a viagem ao exterior para pesquisar de perto.
Conheça todos os detalhes das mercadorias
Depois de já ter encontrado os fornecedores certos, chegou o momento de pesquisar os custos de importação de cada um dos produtos. Saber todos os detalhes e informações serão fundamentais para elaborar a nota fiscal de importação.
Cada tipo de produto é classificado por uma nomenclatura conhecida como NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul), que ajuda no cálculo dos impostos sobre as mercadorias.
Por este motivo, é muito importante prestar atenção em todos os detalhes para que não haja erros neste processo, pois se classificados de forma errada podem gerar multas e advertências para sua empresa.
Nacionalização da mercadoria
Por fim, depois de seguir todas as dicas acima, chegou o momento crucial para sua importação ter sucesso. Antes que ele entre oficialmente no Brasil é necessário que passe pelo processo de nacionalização.
Essa parte compete às empresas de despacho aduaneiro que serão as responsáveis por realizar essa documentação. No entanto esse procedimento envolve alguns custos que precisam ser considerados.
Entre eles estão, frete internacional, armazenagem no porto e aeroporto, tributos federais, taxas do Siscomex, tributos estaduais e os honorários do despachante aduaneiro.
Se atente aos detalhes
Embora possa parecer um processo complexo, a importação de mercadorias requer apenas atenção aos detalhes para que não haja problemas. Todo o processo pode ser feito por uma pessoa, mas caso deseje existem empresas especializadas para a realização de todos os trâmites legais.
A importação de produtos pode ser um grande diferencial competitivo para sua empresa, além de economizar com fornecedores nacionais é possível estar sempre um passo à frente da concorrência.
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Esse conteúdo foi produzido por Thais Teixera, redatora do Soluções Industriais.