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Alan Turing, o pai da computação, em 1936, modelou a Máquina de Turing, que até hoje é referência para os computadores pessoais. Mesmo assim, quem não é da área de computação e quem não viu o filme “O Jogo da Imitação”, provavelmente não conhece sua história. 40 anos depois, em 1976, Steve Jobs lança o primeiro computador pessoal, o Apple I.
Alan Turing foi um grande inventor. Jobs um grande inovador.
O que é inovação?
Segundo Peter Drucker, o pai da administração moderna, inovação é o instrumento específico dos empreendedores. É o meio pelo o qual eles exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio ou um serviço diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina a ser praticada.
Sua vida está sendo impactada pela inovação nesse momento, se você está lendo esse texto a partir de um smartphone. Pare para pensar, há 10 anos não tínhamos smartphones, facebook, whatsapp, netflix, uber, entre outras tecnologias que vêm revolucionando nosso dia a dia nos últimos anos.
Então é fato que sua vida está sendo impactada pela inovação. Mas e seu negócio? Está sendo impactado?
Se você tem dificuldades de responder essa pergunta, cuidado! Seu negócio pode estar prestes a mudar completamente. Empresas tradicionais e até mercados inteiros estão sendo completamente substituídos por startups inovadoras.
As empresas de telefonia se perguntam até hoje como não inventaram o whatsapp antes.
Os taxistas estão tentando sobreviver aos aplicativos de transporte.
Os contadores estão tentando entender como lidar com as contabilidades online.
A Lei de Moore
Essas transformações não são recentes. Elas já aconteceram diversas vezes na história. Acontece que agora a curva de inovação é muito mais acelerada, fazendo com que o mercado mude constantemente. Essa aceleração da revolução digital é explicada pela lei de Moore.
A lei de Moore, criada em 1965 por Gordon Earl Moore, diz que o poder de processamento dos computadores dobra a cada 18 meses. Foi uma das previsões mais assertivas em termos de evolução tecnológica dos hardwares. Como o processamento dobra a cada 18 meses, a curva de evolução é exponencial. Isso quer dizer que não estamos apenas evoluindo tecnologicamente, mas evoluindo cada vez mais rápido. E, nesse cenário, a velha máxima da teoria da evolução das espécies vale para os negócios: “Não é o mais forte quem vai sobreviver e sim o que melhor se adapta.”
O primeiro passo é entender o seu negócio
Imagine que você vive numa época anterior a revolução industrial, onde as máquinas a vapor ainda não haviam sido inventadas. Nessa época, as pessoas precisavam extrair gelo das geleiras, quebrar o gelo e transportá-lo para os locais de destino. Todo esse trabalho para manter os alimentos frescos.
Em determinado momento, com a revolução industrial, foram inventadas máquinas de fabricação de gelo. Todos os escavadores de gelo foram substituídos por máquinas, mais eficazes, eficientes e baratas, que garantiram o acesso ao gelo a mais pessoas.
Por fim, a indústria de fabricação de gelo sucumbiu a invenção do refrigerador. Fabricar gelo em casa e manter os alimentos frescos em seu próprio container, certamente foi uma grande revolução social.
O que os escavadores de gelo e as fábricas de gelo tem em comum? Nenhuma delas entendia perfeitamente o que faziam. Isso porque nenhum deles vendia gelo. Ambos vendiam alimentos frescos. E por não entenderem o que vendiam, não estavam procurando novas formas de alcançar os mesmos objetivos. Foram substituídos.
Como disse Henry Ford: “Se apenas ouvisse a opinião das pessoas, teria criado cavalos mais rápidos.”
Você não é o produto que você vende. Você é o objetivo que seu cliente alcança com seu produto.
Um exemplo na contabilidade
Uma vez que você entende exatamente o que você faz, é hora de observar o mercado e agir. Um exemplo clássico, que está acontecendo agora, é a revolução no mercado contábil. Com o advento das contabilidades online, muitas empresas, que não viam valor no serviço do contador, migraram para essa nova forma de fazer contabilidade.
Enquanto alguns contadores encaram isso como problema, outros enxergaram uma oportunidade de se reinventar. Esses contadores retomaram o real propósito da contabilidade consultiva, que é ser uma ferramenta de tomada de decisão para o empreendedor.
Tecnologias como internet das coisas, blockchain, machine learning e inteligência artificial irão revolucionar não apenas nossas vidas, mas nossos negócios, nos próximos 5 anos.
Como você está se adaptando?