Se você possui um negócio baseado em venda de mercadorias, certamente já pensou em ser um importador. Mesmo que você ainda não tenha iniciado na importação, provavelmente já ouviu dezenas de pessoas comentarem que importação é um negócio lucrativo, com lucros de até 300%.
Pode ser também que você já importe, mas ainda de forma informal, e deseje formalizar seu negócio. Em qualquer uma dessas hipóteses, se você quer aprender o mínimo necessário para se tornar um importador, esse artigo é pra você.
Veja o que você vai encontrar neste artigo.
Como se tornar um importador legal
Primeiramente, é importante deixar claro: no Brasil, a pessoa física é proibida de importar com a finalidade de revenda. “Mas Eduardo, eu ouvi fulano no Instagram dizer que pode!”. Salvo as importações realizadas por produtor rural, artesão, artista, pessoa física não pode importar com a finalidade de revenda, apenas para uso próprio.
Como dito acima, a proibição é para a finalidade de revenda das mercadorias. Para uso próprio ou individual, ou objetos para colecionadores, é permitido. Um mercado relativamente comum no Brasil (pra quem tem dinheiro) é a importação de carros antigos. Lembrando que importar carros usados no Brasil é proibido, mas com mais de 30 anos de uso são considerados artigos de colecionadores.
Espero que você já tenha entendido: para atuar na legalidade, você precisa abrir uma empresa!
Importar como MEI
O MEI foi criado pelo governo com o objetivo de regularizar a informalidade. É a maneira mais fácil de se ter um CNPJ atualmente. O MEI pode ter, no máximo, 1 funcionário registrado. Para abrir um MEI, basta acessar o portal do empreendedor e seguir o passo a passo.
A boa notícia é que você pode abrir um MEI para importar! Ele está submetido às mesmas regras que qualquer outra empresa em relação a importação, ou seja, é necessário ter Radar (habilitação para importar) para importar acima de U$ 3.000,00. A má notícia é que você vai precisar verificar que a atividade fim da sua empresa (que não é importar) se enquadra no MEI.
É possível habilitar Radar para um MEI, mas é importante fazer uma ressalva: O MEI possui um limite de faturamento de R$ 81.000,00, dentro de um período de 12 meses. Vamos supor que você tire um Radar e importe 50 mil dólares. É difícil crer que uma empresa que importa 50 mil dólares não irá faturar mais que 81 mil reais com a revenda de seus produtos, a conta não fecha. Isso certamente chamará atenção da Receita, pois é um forte indicativo de uma possível sonegação.
Escolhendo o melhor enquadramento
Caso sua empresa não se enquadre no MEI, existem diversos tipos de empresa e enquadramentos possíveis. Segue, abaixo, uma tabela que detalha um pouco melhor essas opções.
A escolha do melhor enquadramento para sua empresa depende muito da atividade da empresa e da maturidade do negócio. Se você ainda não tem CNPJ e ainda pretende validar seu mercado, por exemplo, comece com um MEI, fazendo importação expressa.
Quando você estiver prestes a estourar o limite do MEI, isso pode ser um bom sinal que há mercado para seus produtos e é hora de migrar para o Simples Nacional.
O Simples é uma fase transitória, que permite que você possua um custo de folha de pagamento menor. É hora de experimentar a primeira importação formal. Mas atenção, ainda que a apuração dos impostos do Simples seja via DAS (documento simplificado que reúne todos os tributos numa única guia), na importação os impostos devem ser calculados exatamente da mesma forma que qualquer empresa.
Acontece que, no Simples Nacional, não há um sistema de aproveitamento de créditos de impostos. Então não espere alcançar o limite do Simples para sair. Se você pretende importar com frequência, pode ser mais vantajoso ir logo para o Lucro Presumido ou Lucro Real.
Inscrição estadual
Considerando que seu objetivo é comprar pra revender, então você vai precisar tirar uma inscrição estadual. A inscrição estadual é, basicamente, um registro que autoriza sua empresa a comercializar produtos que dependem do trânsito de mercadorias.
A inscrição estadual é obrigatória para empresas que exercem atividades de comércio ou indústria entre municípios, estados ou países. Sendo assim, se você quer ser um importador, vai precisar de uma inscrição estadual. Até porque, sem ela, você não poderá emitir a nota fiscal de importação.
A boa notícia é que tudo pode ser resolvido online. Para isso, basta acessar o site da Secretaria de Fazenda do seu estado. Cada Unidade Federativa possui suas próprias regras para o processo de Inscrição Estadual, mas atualmente não é um processo complexo.
No site de cada SEFAZ, haverá um link que irá direcioná-lo para uma página na qual você poderá inserir todas as informações necessárias e dar início à solicitação da sua Inscrição Estadual.
Eu poderia incluir aqui o link da secretaria de fazenda de cada UF, mas você vai encontrar mais rápido pesquisando no Google. Por exemplo, se você for do Rio de Janeiro, pesquise por “secretaria de fazenda rj” que rapidamente encontrará a página.
Habilitação no Radar Siscomex
Agora que você já possui um CNPJ e uma Inscrição Estadual, o próximo passo é realizar a habilitação no Radar Siscomex. Trata-se de uma habilitação que qualquer empresa pode solicitar, de acordo com a IN 1.984/20.
Existem 3 modalidades de radar:
- Radar Expresso: para pessoa jurídica constituída sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, com ações negociadas em bolsa de valores ou no mercado de balcão, e suas subsidiárias integrais; ou para empresas públicas ou sociedades de economia mista. Tal modalidade não possui limite de valor.
- Radar Limitado: para empresas que não se enquadram na modalidade expressa e cuja capacidade financeira varia entre US$ 50.000,00 e US$ 150.000,00, observando o que consta no art. 17, I e II da INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1984.
- Radar Ilimitado: para empresas que possuem capacidade financeira acima de US$ 150.000,00 e não se enquadram na modalidade expressa.
Nesse momento você deve estar se perguntando: “Se eu posso ter um Radar Ilimitado, por quais motivos eu tiraria um Radar Expresso?”. Ora, como o próprio nome diz, é muito mais simples e rápido tirar um Radar Expresso que um Ilimitado.
No geral, quanto mais uma empresa importa, mais controles e burocracias são necessárias.
Mais uma vez, temos uma boa notícia. O Radar pode ser solicitado pela internet, através da opção Habilitar Empresa no Portal Único Siscomex. Recomenda-se sempre começar com o Radar Expresso. Conforme a empresa for demonstrando capacidade financeira, fica mais fácil a solicitação do aumento do limite de importação ser deferida.
Lembrando que só é possível importar sem o Radar nas importações simplificadas. Os valores são limitados até U$ 3.000,00 e a importação deve ser via courier (DHL, FEDEX). Estes produtos também não podem requerer licença de importação específica.
Por fim, é importante ressaltar que empresas com pendências com o fisco terão o Radar negado. Caso a empresa tenha impostos refinanciados, este não será um impeditivo.
Tratamentos administrativos
Dependendo do produto a ser importado, pode ser necessário algum tipo de tratamento administrativo. Por exemplo, se você está importando um medicamento (ou uma vacina), é natural esperar que deva existir uma liberação da ANVISA. Mas se você quer importar uma maquiagem ou um shampoo da moda, pode não parecer tão evidente, porém eles também precisam de anuências do mesmo órgão. Se está importando um brinquedo para crianças, precisa da autorização do INMETRO. E por aí vai.
Anota aí: Nunca, jamais, em hipótese alguma importe antes de fazer essa consulta. Caso contrário, você poderá já começar sua importação com multas e muita dor de cabeça.
A boa notícia é que existe um portal do siscomex para consulta de tratamento administrativo, onde você informa o NCM da mercadoria e descobre se existe a necessidade de algum órgão anuente para a mercadoria em questão.
IMPORTANTE!
Mesmo que sua importação seja por remessa expressa e não necessite de Radar, você precisa realizar a consulta para verificar se existem tratamentos administrativos. Caso exista, é proibida a importação do produto por remessa expressa. Despachantes aduaneiros recebem, todos os dias, contatos de pessoas que importaram por remessa expressa e não observaram os tratamentos administrativos. Não há o que fazer, nesse caso, a carga é totalmente perdida.
Como encontrar boas oportunidades?
Segundo dados do governo, existem mais de 6 milhões de empresas de comércio no Brasil, mas apenas 40 mil fizeram algum tipo de importação. Ou seja, se você é um importador, isso significa que está aproveitando oportunidades que apenas 0,7% dos seus concorrentes aproveitam.
Apesar de ainda ter alguma complexidade e burocracia, atuar no comércio internacional vem se tornando, a cada ano, mais fácil. Em 2020, com a pandemia, muitos processos que demandavam ações presenciais foram digitalizados.
Se você leu o artigo até agora, deve ter percebido quantas vezes eu disse: “para fazer esse processo basta entrar nesse site e fazer o cadastro”. Pois é, tudo foi simplificado. Nunca foi tão fácil importar. Mas é preciso atenção, pois muitas pessoas estão se aproveitando para vender um discurso que não existe.
Fugindo da cilada
Antes de falar das oportunidades na importação, vamos definir aqui primeiro o que não são oportunidades. Tome muito cuidado com as seguintes promessas:
- Comprar curso para importar como pessoa física para revenda com lucro de 300%;
- Como ficar rico importando roupas de marca, relógios, perfumes, etc;
- Como não pagar imposto na importação.
Nada disso é permitido! Fuja de “facilidades” como essa se você quer realmente criar um negócio próspero e duradouro.
Identificando oportunidades
Existem, sem dúvida, algumas características que diferem um negócio de sucesso baseado em produtos importados dos demais. As 3 dicas de ouro a seguir irão ajudá-lo a identificar a melhor oportunidade para você. São elas:
1. Encontre um nicho de mercado
Para quem está começando, essa é a dica de ouro. Quando se fala em importação, a margem de lucro do nosso negócio está sujeita às oscilações do câmbio. Por isso, quanto menor a margem de lucro, mais arriscado é trabalhar com importação.
Quanto mais comoditizado é um produto, menor sua margem de lucro. Ou seja, busque produtos que tenham um diferencial. E num mercado competitivo, geralmente as oportunidades estão em nichos.
Veja o exemplo de um de nossos clientes. Ele importa cartas de jogos como Magic, Pokémon, etc. Consultando o Alibaba, percebo que o produto “Cartas de Pokémon gx” custa 18 dólares a caixa. Se você comprar 10 caixas de uma vez, o valor cai para U$ 15,50 a caixa. E o frete é grátis.
Cada caixa possui 120 cartas. Ao importar 10 caixas, ou 1.200 cartas, paga-se US$ 155,00. Com o dólar a R$ 5,20 (cotação no momento que escrevo este artigo), temos o valor total do produto em R$ 806,00. Então vou multiplicar o valor de R$ 806,00 por 2,2, para encontrar o custo real do produto após todas as despesas de importação (mais a frente explico como calcular o custo corretamente). Meu custo total com esta importação será de R$ 1.773,20.
Repare que encontrei o mesmo produto sendo vendido no Mercado Livre por R$ 39,49 o pack com 10 cartas.
Em 1.200 cartas há 120 packs de 10 cartas. Ou seja, meu faturamento em potencial é de R$ 39,49 x 120 = R$ 4.738,80.
É importante, nesse caso, descontar uma taxa cobrada pelo Mercado Livre, em geral, 18%. Com isso, o faturamento líquido cai para R$ 3.885,81.
Sendo assim, minha margem com esse produto é de R$ 3.885,81 – R$ 1.773,20 = R$ 2.112,61, uma ótima margem.
Vale lembrar que não estou dizendo aqui que importar cartas Pokémon é um excelente negócio. O objetivo é ilustrar, através de um exemplo, uma metodologia para encontrar boas oportunidades de negócio para o importador.
2. Avaliando o capital disponível
Alguns produtos irão demandar um maior investimento de capital por parte do importador. Geralmente são produtos que se encontram em uma dessas características:
- O fornecedor não aceita um lote pequeno;
- O custo unitário da mercadoria é muito alto (muito comum com maquinários para indústria, por exemplo)
- A mercadoria exige aprovação de órgãos anuentes (por exemplo, uma aprovação da ANVISA pode custar R$ 50 mil).
É fundamental que, antes de “bater o martelo” e realizar a operação, o importador tenha clareza que aquela oportunidade está de acordo com a quantidade de capital que ele tem disponível…
3. Atue em um ramo que você conhece
Por último, mas não menos importante, é fundamental que o importador conheça muito bem o produto e o mercado em questão.
Imagine, por exemplo, que você encontrou uma excelente oportunidade na importação de peças de reposição para máquinas agrícolas. Mas se você nunca pisou no campo, dificilmente terá propriedade e conhecimento sobre o negócio. É uma oportunidade? Sim. É para você? Provavelmente não.
A dica que sempre dou, nesse caso, é responder a seguinte pergunta. Imagine que você acabou de importar esse produto e ele já está no seu local de armazenagem. Você consegue vendê-lo imediatamente? Você sabe com quem falar? Conhece os canais de venda? Conhece os benefícios que farão alguém comprar? Se essas respostas não estiverem claras, reconheça que a oportunidade pode não ser para você.
Como precificar produtos importados
No exemplo acima sobre as cartas Pokémon, após converter o valor dos produtos de dólar para real, multipliquei este valor por 2,2 para encontrar um custo estimado.
Esse método é uma aproximação um pouco bruta, apenas para avisar se existe a viabilidade do negócio. Encontrando a oportunidade, é hora de calcular os custos de importação com mais precisão.
Para encontrar o custo da mercadoria importada, primeiramente é preciso entender as duas modalidades de importação:
- Remessa Expressa, com menos burocracia (não demanda que a empresa possua Radar) e limite de US$ 3 mil.
- Importação Formal, com mais burocracia, mas sem limite de operação (observar o limite do seu Radar).
Outra diferença fundamental é que, na remessa expressa, incide apenas o Imposto de Importação, com alíquota de 60%, acrescido do ICMS da UF do importador. Já na importação formal incidem II, IPI, PIS e COFINS, cujas alíquotas dependem da classificação fiscal da mercadoria, além do ICMS do estado de destino.
Para ajudar o empreendedor nesta etapa, disponibilizamos uma planilha para download, onde você informa os parâmetros, e a planilha faz o cálculo do custo das mercadorias importadas.
Serviços acessórios
Para importar, em especial na importação formal, você vai precisar contratar uma série de serviços acessórios. Alguns são obrigatórios, outros recomendados. Entretanto, ao montar uma planilha de custos na importação, é importante prever todos esses itens. Os mais comuns são:
- Frete Internacional: Você vai precisar para trazer a mercadoria para o Brasil.
- Seguro de Transporte Internacional: Você não vai querer perder todo seu investimento caso exista algum problema com o navio, certo? Nesse caso é melhor assegurar sua carga.
- Inspeção no Fornecedor: Serviço indispensável para reduzir riscos com seu fornecedor. Imagina descobrir que caiu numa fraude somente no dia que sua mercadoria chega?
- Despesas Bancárias: É necessário para realizar o fechamento do câmbio, dedução em conta dos valores dos impostos em conta corrente, entre outros serviços.
- Taxas Portuárias: São despesas relacionadas ao manuseio em terminal portuário, a famosa capatazia.
- Taxa de Armazenagem: A taxa de armazenagem varia de acordo com o tempo que a mercadoria ficará armazenada no estabelecimento. Alguns locais de armazenagem já divulgam nos sites suas tarifas, como é o caso do Aeroporto de Guarulhos.
- Despachante Aduaneiro: O despachante aduaneiro é o profissional responsável por intermediar as questões legais, como documentos dos órgãos federais e outros procedimentos, para que as importações transcorram sem dores de cabeça em relação à legislação. Temos um artigo no qual você encontra algumas dicas de como contratar um bom despachante aduaneiro.
- Frete Interno: Frete para transportar a carga do recinto alfandegado até seu local de armazenagem.
- ERP: Você vai precisar a partir do momento que a mercadoria chegar no país, tanto para emitir uma Nota Fiscal de Importação quanto para gerenciar o estoque e realizar suas vendas depois.
- Emissão da Nota Fiscal: a maioria dos ERPs não lidam bem com as especificidades da nota fiscal de importação. Às vezes, ao invés de passar dias quebrando a cabeça com seu ERP, é mais fácil pedir para seu contador emitir. Ah, mas ele vai cobrar um valor extra pelo serviço.
Calculando o preço de venda
No caso do preço de venda com base nos custos, é preciso levar em consideração quatro partes fundamentais durante a precificação:
- O quanto o produto custou. No caso de um comércio,, é preciso levar em consideração o valor de compra, ou da soma do que foi utilizado para a fabricação como matérias-primas, insumos, entre outros, no caso de uma indústria;
- Os gastos variáveis do produto. Fazem parte os impostos sobre vendas, taxas, custos com transportes, fretes, embalagens, comissões, etc;
- Os gastos fixos por produto, como despesas operacionais e gastos ocupacionais, com pessoal e mão de obra;
- E, por fim, o valor pretendido para o lucro (ou percentual).
Como encontrar fornecedores
Seja qual for o ramo e porte da empresa, a relação com fornecedores é fundamental. Porém, a grande dificuldade de quem está iniciando no mundo do empreendedorismo é encontrar logo de cara um bom fornecedor, uma vez que muitos deles exigem uma imensa burocracia na venda para novos clientes, principalmente no mercado internacional. Em muitos casos, a venda chega até mesmo a ser negada.
Além disso, existe certo risco durante o processo de procura de fornecedores na internet, já que nem sempre é possível saber ao certo se a pessoa que você está contactando é uma empresa real ou não.
Para garantir que sua empresa contrate um bom fornecedor, seguem algumas dicas que podem ser úteis no processo de escolha:
- Atualmente existem muitas formas de se encontrar fornecedores confiáveis. Comece pela internet: alibaba, made-in-china, globalsource são excelente ferramentas para pesquisas iniciais;
- Elabore um portfólio: a melhor forma de mostrar seu trabalho é demonstrá-lo por meio de uma boa imagem visual. Por isso, invista em catálogos e revistas e mostre que sua empresa é séria e procura por fornecedores que tenham afinidade com seu negócio;
- Participe de feiras e eventos: em época de pandemia, essa pode ser uma dica ultrapassada. Mas as feiras sempre foram consideradas ótimas vitrines de negócios, e considerando um cenário pós-pandemia, é provável que continuem sendo. Além disso, você encontra excelentes oportunidades de negócio conversando diretamente com as pessoas envolvidas nas vendas e comercialização.
- Contrate um serviço de inspeção: para importações maiores, pode ser que seu fornecedor exija uma entrada para iniciar a produção e 100% do valor para entrega. Com isso, o risco para o importador é enorme. Nesse caso, considere contratar um serviço de inspeção. Existem diversas empresas que são habilitadas para inspecionar fábricas na China, desde a produção até o embarque.
- Solicite uma fatura proforma para garantir a oferta: a fatura proforma é o documento, emitido pelo exportador, que formaliza a tomada de preços e intenção de compra do importador.
Veja 5 dicas para encontrar bons fornecedores da China!
Afinal de contas, o que preciso para ser um importador de sucesso?
Importar, no Brasil, definitivamente demanda conhecimento e especialização. Se você não tem tempo para isso, considere procurar ajuda especializada. Existem profissionais e sistemas especializados em comércio exterior que vão tornar a vida do importador um pouco mais fácil.
É natural que, principalmente no início da jornada empreendedora, não se tenha disponível os recursos necessários. Mas é preciso ter em mente que, para vencer nesse mercado, é preciso estudo e especialização.
Grande parte do conteúdo disponibilizado neste artigo foi retirado de nosso Guia de Importação para Empresas 2022, que você pode baixar gratuitamente.
Por fim, como são muitas informações, segue um breve checklist para ajudar na organização.
- Encontre uma boa oportunidade de negócio.
- Escolha a melhor modalidade para a empresa.
- Crie o CNPJ.
- Cadastre o CNPJ na SEFAZ do estado (inscrição estadual).
- Legalize a empresa (Alvará, contrato social, etc.).
- Emita o Certificado Digital.
- Crie uma conta bancária.
- Realize a primeira importação (comece pequeno, de preferência com remessa expressa).
- Teste canais de venda.
- Se obteve sucesso, habilite a empresa no RADAR Siscomex.
- Contrate um despachante aduaneiro.
- Contrate um sistema de gestão especializado em comex.
- Continue crescendo e encontrando novas oportunidades.
E para encerrar, deixo talvez a pergunta mais importante: O que te motiva?
Sim, escolher um nicho de produtos tem tudo a ver com você, que você domine, é um importante passo para o sucesso. Talvez essas perguntas sejam tão importantes quanto todo o planejamento. Mas, claro, sem esquecer de fazer as contas. Só paixão não basta.
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O que achou desse artigo? Caso tenha alguma dúvida, deixe nos comentários. Será um prazer ajudar =)
muito bom