Com o passar do tempo, é comum que surjam algumas palavras da moda no mercado em que você se encontra, e acredito que uma delas seja Indústria 4.0, não é mesmo?
Antes de começarmos a discutir sobre isso, quero saber se você ao menos já ouviu falar nos impactos que ela tem causado no seu cotidiano. Carros autônomos, caixas de autoatendimento em supermercados, assistentes pessoais movidos a voz, algo te soa familiar? Esses são alguns exemplos das mudanças que a Indústria 4.0, também chamada de Quarta Revolução Industrial, está causando na vida das pessoas e das empresas.
Mas o que é Indústria 4.0? Primeiramente, se estamos falando de Quarta Revolução Industrial, acredito que seja essencial, primeiramente, fazer um apanhado geral das outras três revoluções que a antecedem, e qual o quesito revolucionário que as mesmas trouxeram para o mundo na época, e que culminaram nessa última.
Indústria 4.0: um pouco da história da evolução industrial
Fazendo uma breve contextualização, antes da Primeira Revolução Industrial, o processo de produção era realizado de forma manual, de duas maneiras: artesanal ou manufatureira. Na primeira, a força de trabalho era centralizada no mestre artesão, pois era o dono dos meios de produção, do capital e da força de trabalho. Já na segunda, baseada na economia mercantilista (transição do feudalismo para o capitalismo), o dono dos meios de produção e do capital era o burguês, e a força de trabalho era subordinada ao seu trabalhador em troca de salário.
Com a dinâmica e o acúmulo de capitais proporcionados por essa sociedade mercantil, o os donos dos meios de produção visavam crescimento constante. Assim, aliado a uma busca por poder e capital, deu-se origem à Primeira Revolução Industrial.
Primeira Revolução Industrial: a Era da Produção Mecanizada
Também conhecida como Revolução a vapor, iniciou-se de maneira pioneira na Inglaterra, a partir da segunda metade do século XVIII (de 1760 até meados de 1850). Tal pioneirismo foi atribuído a mesma, devido ao fato de ter sido onde surgiu a primeira máquina a vapor, em 1698, desenvolvida por Thomas Newcomen e, posteriormente, aprimorada em 1765, por James Watt.
A descoberta do carvão como fonte de energia e a consequente invenção da máquina a vapor, estimularam a mecanização da agricultura e da produção têxtil. Essa transição da manufatura para a maquinofatura propiciou o aparecimento do termo “produtividade”, a partir de 1766, com o economista francês François Quesnay, dado a exigência dos donos das fábricas.
Segunda Revolução Industrial: a Era da Produção em Massa
Também conhecida como Revolução elétrica, esteve vigente desde a segunda metade do século XIX até meados do século XX (entre 1850 e meados de 1945). Agora, o carvão e a energia a vapor são substituídos pelo petróleo e energia elétrica.
Com a eletricidade e as tecnologias que foram desenvolvidas nesse período, as indústrias tiveram um melhor desenvolvimento, possibilitando assim a produção em massa de mercadorias (taylorismo e fordismo). Além disso, outras inovações também surgiram e influenciaram na vida das pessoas, como os meios de comunicação sem fio de longa distância.
Aqui, o conceito de produtividade chega a outro patamar: menores custo e tempo de produção aliados a divisão de trabalho por etapas do processo produtivo – quem lembra do famoso filme “Tempos Modernos”?
Terceira Revolução Industrial: a Era Digital
Também conhecida como Revolução tecnológica ou tecnocientífica, compreende o período pós Segunda Guerra Mundial (desde as décadas de 1970 e 1980). As indústrias como metalurgia, siderurgia e a indústria de automóveis passam a dar seu lugar de destaque para a robótica, genética, informática, telecomunicações, eletrônica, e outros. O fordismo e taylorismo dá lugar ao toyotismo.
É marcada pela produção de computadores e softwares, chips, transistores e diversos produtos eletrônicos. A difusão da internet e da telefonia fixa e móvel, também nesta época, possibilitou, juntamente com as demais inovações, avanços nunca antes vistos nas linhas de produção. A sociedade passara por uma grande revolução digital, assim como o mundo dos negócios.
Quem lembra de ter estudado sobre globalização? Então, é aqui que ela ganha forma, as distâncias se encurtam, há maior conectividade e a possibilidade de monitoramento de qualquer lugar do planeta.
Vale ressaltar também que foi na Terceira Revolução Industrial que houve o processo de democratização do acesso à tecnologia por pessoas comuns, o que possibilitou o fenômeno de Transformação Digital nas empresas – pois passou a modificar o comportamento e as necessidades humanas e, por conseguinte, a das empresas).
Desmistificando a Indústria 4.0
Acredito que deu para perceber que tais revoluções foram transformando exponencialmente a sociedade conforme os anos se passavam e essas inovações se tornavam escaláveis, concorda? Se pararmos para pensar, os avanços foram se tornando cada vez maiores a cada período, visto que o crescimento constante dos negócios era, e ainda é, bastante visado pelos empresários. Dessa forma, não seria diferente com a Quarta Revolução Industrial, não é mesmo?
E é dado o momento de ruptura total das fronteiras da ciência. Percebemos que inovações ocorrem em vários âmbitos, não é mais algo restrito, o que é proporcionado pela Terceira Revolução Industrial, pela disseminação da informação. O alemão Klaus Schwab, diretor e fundador do Fórum Econômico Mundial, menciona isto em livro “A Quarta Revolução Industrial”: “Começou na virada deste século e teve como fundamento a revolução digital. É caracterizada por uma Internet muito mais móvel e global, por sensores menores e mais poderosos e por inteligência artificial e machine learning.”
Essas mudanças ocorrem não somente nas empresas, mas também na sociedade. Isso se dá pelo fato de tais avanços compreenderem toda a cadeia de valor, desde os fornecedores até a relação com consumidores e clientes, os quais estão cada vez mais exigentes e preocupados com a origem dos produtos ou serviços que serão oferecidos.
Atingimos um nível de maior maturidade de transformação digital com a velocidade em que as mudanças têm ocorrido, se comparado às demais revoluções. E com ela, um novo patamar de produtividade – espera-se que se consiga produzir muito mais, com a otimização dos processos pela tecnologia. A fábrica inteligente dá continuidade ao processo de evolução, trazendo mais agilidade devido a mistura de tecnologias para potencializar resultados.
Podemos destacar algumas tecnologias da Indústria 4.0:
- Internet das Coisas (IOT): É a internet integrada a itens e pessoas conectados, formando uma rede de interação com ambientes internos e externos. Nasceu inicialmente visando aparelhos domésticos, mas logo se espalhou para o âmbito dos negócios.
- Internet dos Serviços (IOS): Refere-se aos novos serviços ou melhoria dos existentes diante dessa nova forma de agregação de valor ditada pelo funcionamento da Internet das Coisas.
- Big Data: Pare um minuto para pensar sobre a rede de pessoas e itens conectados que defini em IOT, logo acima. Agora imagine a imensidão de dados que toda essa rede gera constantemente. Isso é Big Data, basicamente um conjunto de dados gigante, volumoso o bastante que não pode ser gerenciado por softwares tradicionais.
- Serviços de computação da nuvem (Cloud Computing): Funciona como uma plataforma de recursos utilizada para armazenar e prover soluções através da Internet. Aqui, vale ressaltar os benefícios trazidos, como maior mobilidade, escalabilidade e segurança nos processos.
- Sistemas ciberfísicos (Cyber Physical Systems – CPS): Em poucas palavras, são sistemas que fundem o mundo físico ao virtual. Isso se dá através de computadores que controlam processos físicos, gerando respostas instantâneas.
- Manufatura aditiva: Conhecida também como impressão 3D, refere-se a expansão da flexibilidade da indústria em trazer novas soluções de produção. Aqui vemos a agilidade ganhar forma através do uso de diferentes softwares de modelagem 3D para desenhar peças em três dimensões e com o uso de um equipamentos de impressão.
- Inteligência Artificial (IA): Você lembra dois dos três exemplos que citei no início deste artigo: carros autônomos e assistentes virtuais movidos a voz (Siri e Alexa, por exemplo, você já deve ter ouvido falar)? Então, IA é um ramo da tecnologia que busca criar máquinas inteligentes como essas mencionadas, com intuito das mesmas tomarem decisões já determinadas a partir da sua interação com ela.
A Indústria 4.0 e o Brasil: cenário e desafios
Infelizmente, a Indústria 4.0 ainda está sendo pouco aderida por grande parte das empresas brasileiras, o que é preocupante. No projeto Indústria 2027 (I-2027), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o relatório “Desenvolvendo capacidades empresariais para enfrentar inovações disruptivas”, desenvolvido pelo consultor Luciano Coutinho como uso interno para a diretoria de inovação da CNI, constatou que a maioria das empresas brasileiras, principalmente as MPEs (micro e pequenas empresas), ainda está longe dos modelos avançados de digitalização da gestão e da manufatura/serviços.
Segundo o projeto, ainda nos encontramos na transição da Indústria 2.0 para a Indústria 3.0, e o grupo de empresas que ainda está nos avanços tecnológicos 1.0 e 2.0 correspondeu a 75,6% da amostra da pesquisa de campo. Isso se dá por dois fatores: muitos industriais quiçá sabem o que é a Quarta Revolução Industrial, evidenciado pela pesquisa realizada pela Fiesp em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, e a introdução de tecnologias 4.0 nas últimas décadas foi deficiente devido a infraestrutura de comunicação e pelo custo de importação de materiais e equipamentos, de acordo com dados do IBGE.
O papel da Mainô no cenário de transformação digital atual
A transformação digital é a palavra chave para se desenvolver nesse período de avanços tecnológicos rápidos. Sim, o mundo mudou, e estar em conformidade ao mesmo é essencial para se manter competitivo no mercado. Assim, transformação digital não está ligado somente a tecnologia, mas principalmente a cultura da organização e o modelo de operação nessa nova era.
Nós da Mainô, por mais que ofereçamos um sistema em nuvem que irá otimizar suas operações de importação, exportação e distribuição de mercadorias nacionais e/ou importadas, sem preocupações com erros fiscais e com controle financeiro-contábil, queremos principalmente contribuir para a evolução de mindset de sua organização.
A digitalização da gestão é um dos desafios que muitas empresas brasileiras sofrem e contribuímos com nosso sistema para sanar esta dor, tendo em vista que a adoção de sistemas de ERP adaptados a sua realidade pode contribuir para o avanço em direção à Indústria 4.0. Mas, como já mencionei, a transformação digital em que vivemos atualmente vai mais além, e queremos compartilhar isso com você.
Estamos a todo momento tentando aperfeiçoar nosso sistema através de processos inovadores, para entregá-lo com o maior valor possível para atender as necessidades de nossos clientes. Fazer o melhor por eles está presente em nossos valores: isso está diretamente ligado a sua experiência não só com o sistema, mas com qualquer equipe da Mainô que ele queira entrar em contato. Ou seja, o mindset de transformação digital deve estar disseminado por toda a empresa.
Diante de tudo isso, que tal conhecer a Mainô? Nossa solução pode trazer você mais para perto dessa transformação digital?