Como estão as exportações em meio à crise? Essa é a pergunta que diversos profissionais e proprietários de empresas de comércio exterior, precisam estar atentos neste momento. Em outro artigo, abordamos um panorama geral, sobre como estão as importações, mesmo em uma época de pandemia que vivemos atualmente.
Exportações: panorama antes do coronavírus
Em nosso artigo sobre as previsões para o Comércio Exterior brasileiro em 2020, as projeções divulgadas pela AEB, no fim do ano passado, previam uma expectativa para 2020, no que se refere às exportações:
- Queda de 3,2% nas exportações, estimando-se um total de US$ 217,341 bilhões frente aos US$224,447 bilhões estimados para 2019;
O grande motivo, segundo o presidente da AEB, José Augusto de Castro, seria a queda das exportações de commodities e de manufaturados, ambos influenciados por fatores internacionais.
No mesmo artigo, a especialista e pesquisadora de comércio internacional, Letícia Eloi, aborda outros fatores que podem ser a causa desta queda.
Exportações: previsão de quedas para 2020? Entenda os possíveis motivos!
Se tratando das commodities, o maior impacto seria na soja, um de nossos principais bens exportados, devido ao acordo entre a China e os Estados Unidos. O acordo, antes da pandemia do Covid-19, previa um alívio da tensão entre as duas maiores potências mundiais. Mas em que isso afetaria o Brasil?
Neste acordo, o país asiático seria obrigado a comprar alguns bilhões de bens agrícolas americanos, reduzindo o montante de soja comprada do Brasil. Faz sentido? Porém, isso não se concretizou de forma plena.
Entretanto, a pandemia de coronavírus interrompeu brutalmente o comércio internacional. Uma fala do secretário do tesouro dos Estados Unidos, alerta, aparentemente em um tom de ameaça, os impactos no comércio internacional, em caso de descumprimento do acordo: “Se não respeitarem o acordo, haverá consequências muito importantes para o nosso relacionamento e, na economia mundial, para a maneira como as pessoas negociam com eles”. Após uma breve calma, as tensões retornaram e os EUA, acusa Pequim pela pandemia de Covid-19, e Trump voltou a ameaçar com impostos alfandegários punitivos.
O acordo comercial bilateral assinado em janeiro, prevê US$ 32 bilhões em produtos agrícolas. Entretanto, as exportações brasileiras para a China, cresceram, como veremos ao longo do artigo. Continue lendo!
Outro fator é no tocante às manufaturas brasileiras. A redução seria resultado principalmente da crise em vigor na Argentina desde 2018. Maior compradora de nossas manufaturas, a redução da demanda argentina afeta as exportações brasileiras. Além da Argentina, outros países sul-americanos podem reduzir a compra de nossas manufaturas devido à diminuição de suas próprias exportações de commodities.
Exportações: panorama geral
Em meio à crise, temos a tendência natural de achar que os impactos serão refletidos em todos os setores da economia, em vista do momento delicado. Porém, existem também algumas boas notícias e também oportunidades que podem ser significar bons ventos nos próximos meses.
A exportação do agronegócio brasileiro, cresceu 17,5% em faturamento. A soma das exportações alcança US$ 67,833 bilhões. Segundo o ministério da economia, as exportações ficaram em superávit, e tem o melhor resultado, no mês de abril, desde 2017, apesar das reduções tanto na importação, quanto na exportação. O que é absolutamente compreensível.
Exportações: os “salvadores da pátria”
Como dito acima, as exportações brasileiras, ainda se mantêm equilibradas, mesmo em meio à crise do coronavírus. Um grande fator que influenciou de forma positiva, foram as exportações do agronegócio.
O setor agropecuário brasileiro faturou, em exportações, 17,5% mais entre janeiro e abril deste ano em comparação com igual período de 2019, informou, em nota, o Ministério da Agricultura, tendo como base os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
O Ministério da Agricultura acrescentou também que as exportações brasileiras (de todos os setores) para a Ásia subiram 15,5% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com igual período de 2020. “O mercado asiático passou a representar 47,2% do total de nossas exportações”, continua a pasta. Apesar do impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações brasileiras para a China cresceram 11,3% no período, com destaque para a soja (+28,5%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+ 85,9%), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (+153,5%) e algodão em bruto (+ 79,%).
Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia.
De olho nos dados:
Fonte: Mdic
Conclusão
Costuma-se dizer que sobre uma ” luz no fim do túnel”. Acredito que momentos mais “escuros”, como este, trazem consigo a incerteza e o medo. Contudo, as crises sempre existiram, e foram elas que nos trouxeram aqui. Mesmo diante de uma queda em relação ao ano de 2019, em alguns setores, houve crescimento e superação, e através deles, equilibraram a balança comercial, que mesmo em meio à crise, ainda se mantém estável.
Visto isso, seguem algumas dicas:
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